Sou desejo de consumo
Vivo em pontos desertos
Sou produto, sou insumo
Cobiçosos olhos por perto

Em pontos
ermos
Me ergui
imponente
Nos diversos
termos
E cores
influentes

Encho os
olhos dos cobiçosos
Que me
querem bem longe
Dos gringos
curiosos
Me escondo como monge
Sou corpo rígido
insensível
Precioso como
quê, disso sei
Sou bibelô volumoso
e vendível
Tenho bom proveito,
diz o issei.

Diná Fernandes