pude ir e vir sem prospecto.
Livremente, curti o meu sol poente.
Hoje vivo cumprindo rito.
Olho o céu noturno,
nem o vírus minou seu resplendor.
No meu ninho, um bruto silêncio
Ninguém em derredor de mim.
O viver se recolhe, se retorce
O sentir é teimoso e impetuoso
Pede o fim do tormento.
Cedinho, bem-te-vi vem me ver
Desperto ouvindo o conforto sonoro
Um pouso, um cumprimento, o voo.
Continuo só e remoendo o tempo
Porém, continuo crente no Senhor Deus.
Diná Fernandes