Em silêncio profundo
Estes versos escrevi
E digo que neste mundo
– cruel – muito sofri.
Este meu tempo doloroso
nem um pouco reluzente
Vivendo de modo penoso
Inerte, sem o gosto de viver
Inerte e sem desejo nenhum
Como um ser semimorto
Nem sóbrio nem bebum
Sentindo-me um peso-morto
Diná Fernandes
***
Não poedria deixar de postar o talentoso poema sem a vogal "A",
Interação da amiga Rosélia...
No silêncio do outono,
Com pingos plumbeos,
Escrevo versos,
Divirto-me!
No viver, existe um tempo,
Difícil e oportuno,
O gosto vem um pouco
Cedo ou benquisto.
Urge ser modesto,
Curtir bem desperto
O viver feliz, sem medo,
No aquecer do peito.
Rosélia Reis