Ficou em meu peito
um sofrer perene
um rio contínuo
escorrendo
dos olhos.
Do meu coure,
músculos retorcidos,
endurecidos
por sentimentos de dor.
Nos ouvidos,
tudo o que você
docemente segredou.
Dos nossos momentos,
o gosto dos beijos
os sussurros sutis.
Do meu corpo,
desejos contidos
do bem perdido.
Reduzido, temido
sofrido, só o pó restou.
O osso degenerou.
Diná Fernandes